sábado, 11 de setembro de 2010

Review: Valkyria Chronicles II

E aí-ho, galera da Área99! Tudo tranquilo com vocês.

Aqui quem fala é o seu RaMestre velho de guerra e...

Putz. D: Acho que tenho que parar com esse negócio de apresentação a cada post. Tudo bem que é o meu segundo post, mas...

Hoje vou falar de um jogo, na verdade o segundo de uma série, que me chamou muito a atenção nos últimos tempos: Valkyria Chronicles II. A série [idealizada e criada pela SEGA] se iniciou no PS3 com o título *rufem os tambores!!!* Valkyria Chronicles *doh* e foi muito bem recebida e aclamada mundo afora por sua composição: um RPG tático com batalhas por turnos onde você comanda um esquadrão de soldados em campo de batalha que lembra vagamente as grandes guerras mundiais. Com um toque de fantasia na figura de um mineral "sobrenatural" [ragnite] que serve como fonte de energia e fomentador de disputas e na figura de uma raça ancestral de valquírias, deusas da batalha e protetoras do mundo, o jogo une uma excelente história a um sistema inovador e divertido, que continua no segundo jogo [e quem sabe num terceiro jogo¹...]. Outro dia eu falarei de VC, hoje eu quero falar é do VCII.

História

Sem dar muitos spoilers, o jogo é uma continuação direta do primeiro, com eventos narrados dois anos após as conquistas em VC. O personagem principal, Avan Hardins, ingressa na Academia Militar Lanseal seguindo os passos de seu irmão, Leon Hardins, um notório herói de guerra que faleceu em uma missão classificada como secreta. Muitos personagens do primeiro jogo voltam na continuação, em outros papéis, mas ligados ao enredo principal de uma forma ou de outra.

Embora não seja completamente necessário, é interessante jogar o primeiro jogo para poder tem uma sensação completa de conhecimento do cenário.

Gráficos

Graficamente falando, o jogo é de uma beleza sem par, adaptando toda a beleza vista no PS3 para o hardware do PSP. Ele utiliza uma engine patenteada chamada Sega's CANVAS, que é algo como se fosse uma pintura estilo aquarela em movimento, simplesmente linda demais.

O jogo possui um bom número de sequências de animação, todas legendadas, e cenas de animação com quadros e diálogos alternando na tela ilustrações inteiras e quadros com retratos estáticos. Essas animações também possuem balões de emoticons para designar sentimentos, como um balão com uma chama bruxeleante que indica que o personagem está literalmente em chamas, pronto a responder a um chamado ou provar algo para alguém.

Som

A parte musical não deixa a desejar, com belos temas de batalhas e cenários, e a equipe de dublagem também está de parabéns, com ótimas vozes. Algo que pode chatear um pouco é que certos temas são exaustivamente repetidos, a despeito da cena em si, como se fossem "sons ambientes".

Jogabilidade

O sistema de jogo é uma jóia à parte: a princípio, você vê um mapa e coloca um grupo de até seis soldados nesse mapa. Existem classes no jogo, cada uma com seu papel, que descreverei brevemente a seguir:

Scout: é o famoso batedor. Tem um poder de ataque mediano, armado com um rifle, e sua principal característica é ter movimento o suficiente para ir até as linhas inimigas, observar posições e encontrar inimigos escondidos, e voltar para os aliados com as notícias, planejando o ataque.

Shocktropper: a infantaria. Armados com metralhadoras, serão a frente de batalha, causando dano e com armadura para resistir à investidas da infantaria inimiga.

Lancer: lanceiros, armados com uma espécia de lança com um canhão na ponta, são os tanques do campo de batalha, a única esperança da cavalaria contra tanques. Além de armas que causam dano massivo, tem armaduras que os permitem sobreviver à investidas de tanques.

Engineers: possuem habilidades para reparar danos nos aliados, sejam humanos ou máquinas.

Techs: desarmam minas e possuem um escudo para servir de proteção ao resto da equipe.

Essas são as classes básicas. O jogo possui um sistema de árvore de classes avançadas, com classes que possuem habilidades específicas e podem utilizar equipamentos melhores.

Agora o que representam essas classes? Representam o time em campo de batalha. Depois de montar um esquadrão com as melhores habilidades para a missão, é hora de dar ordens, como todo bom estrategista e movimentar seus "peões" no campo de batalha para a vitória. Por turno, são concedidas medalhas que representam a quantidade de ações que podem ser realizadas naquele turno, e cada ação envolve mover um membro da equipe para posição de confronto com o time adversário ou reconhecimento de campo. Feito isso, você entra em modo de mira e atira contra o adversário, como um bom third-person shooter². Após a ação, se ainda houver movimento para a unidade, você pode ou não movê-la de localidade e então encerrar a ação.

Depois disso, você pode utilizar outra ação na mesma unidade ou em outra, isso ficando a seu critério. E com isso em mente, utilizar a melhor estratégia que puder para completar a missão.

Fora da batalha, você estará na academia militar, participando de eventos que podem ou não ser aulas diretas, e esses eventos por sua vez abrem mais missões. É mais ou menos parecido com Shin Megami Tensei - Persona 3/4: um grupo de alunos que amadurece e enfrenta missões para o bem comum da sua nação durante um período contado em meses de um ano. Algo que por sinal, é muito divertido.

Finalizando

Valkyria Chronicle II junta muitas idéias boas em um jogo só. À parte da pequena dificuldade de mudar de classes e uma ou outra característica que pode fazer com que os mais tradicionalista ou puritanistas torçam o nariz, é um ótimo game, super recomendado à fãs tanto de RPG tático quanto jogos de tiro. Vou deixar vocês com alguns vídeos e até o próximo review-ho!




¹ - Fonte: Adrian Sang
² - third-person shotter: Jogo de tiro em terceira pessoa.

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